A brasileira foi a principal destaque da seleção brasileira no Mundial de Canoagem Slalom e a edição de 2018 será realizada no Brasil.

Ana Sátila  entrou para a história da Canoagem Brasileira, ao conquistas duas medalhas no Mundial de Canoagem Slalom em Pau na França. A canoísta foi a única atleta feminina do evento a conquistar duas medalhas em provas individuais. Na última sexta-feira, 29, ela garantiu um bronze no C1 Feminino, e no domingo, 1, ela conquistou a prata, no K1 Extremo, a nova modalidade.



No domingo, 1, as competições em terras francesas foram dedicadas ao K1 Extremo, nova modalidade da Canoagem Slalom que está ganhando o gosto do público e pode vir a entrar no calendário olímpico. Quatro brasileiros disputaram a categoria não olímpica, Pedro Gonçalves e Charles Corrêa no masculino e as irmãs Ana Satila e Omira Estácia no feminino.

Satila teve um caminho longo antes de conquistar a medalha de prata na modalidade estreante em Mundiais, ao todo foram seis descidas entre classificatórias e eliminatórias. “Estava um dia muito frio, passei quatro horas molhada me aquecendo e desaquecendo. Foi muito corrido, mas levar mais essa medalha não tem preço”, fala.

As finalistas ao lado da brasileira foram a alemã Caroline Trompeter que levou o ouro, a tcheca Amalie Hilgertova ficou com o bronze e a holandesa Martina Wegman que ficou em quarto lugar. Sua irmã Omira Estácia, que era a outra brasileira na prova, chegou até as quartas de finais e garantiu a 11ª posição.

“Esses resultados acompanham todo um desempenho que iniciou em 2012 e 2016, a Canoagem Brasileira está mostrando isso, a Canoagem Slalom veio para ficar com as medalhas da Ana, a semifinal do Pepe. Tenho certeza que vamos a Tóquio brigar por medalha”, fala João Tomasini Schwertner, presidente da Confederação Brasileira de Canoagem.

Pedro Gonçalves garante a posição

Assim como Ana Sátila, Pedro Gonçalves teve uma maratona de provas no domingo. Ao todo o K1 Extremo Masculino contou com 55 atletas, dos quais apenas 16 passavam na primeira peneira. Pepe passou com folga pelas eliminatórias, logo depois, nas oitavas de finais seu barco foi o mais rápido entre os quatro da chave. Ao passar pelas quartas Pepe competiu na semifinal e fez uma boa largada e até o terceiro obstáculo estava na briga pelo primeiro lugar. O brasileiro fez uma remonta mais aberta e acabou ficando para trás, ele quase recuperou o segundo lugar próximo ao obstáculo nº5 mas teve problemas não conseguiu ir à final, garantindo a 7ª colocação.

“Fiquei em um detalhe para ir na final, quando você está entre os 10 melhores do Mundo é motivo de comemoração. Não tem formula mágica, agora é ajustar os botões para continuarmos em frente”, comenta o atleta olímpico. Outro brasileiro na prova, Charles Corrêa não passou das classificatórias.

Mundial agora é em casa

Na cerimônia de encerramento o presidente da Confederação Brasileira de Canoagem, João Tomasini Schwertner recebeu das mãos do presidente da Federação Internacional de Canoagem José Perurena López a bandeira da entidade como símbolo de passagem do bastão para os preparativos do Mundial de Canoagem Slalom de 2018, que será realizado no Rio de Janeiro, no canal artificial do Parque Radical, local da disputa olímpica da modalidade nos Jogos Olímpicos Rio 2016.

“Nós já estamos preparando o evento, temos uma equipe sendo estruturada e o caminho está sendo asfaltado. Estamos buscando experiência junto a Federação Internacional e a organização dos Mundiais já realizados em outros Países, além de usarmos a nossa própria expertise em eventos feitos no Brasil, como o Mundial Júnior & Sub-23 em 2015 e também nos Jogos Olímpicos do ano passado”, afirma Tomasini.

Ele lembra que além do Mundial Sênior no ano que vem o Brasil também será sede do Mundial Júnior e Sub-23 de Canoagem Slalom em 2019. “Nós temos certeza que vamos fazer eventos de nível como o realizado aqui pela organização francesa, que é o maior país da Canoagem Slalom, graças ao apoio dos patrocinadores, órgãos governamentais. Vamos apresentar um grande trabalho“, comenta. O evento será entre os dias 26 a 30 de setembro de 2018.

Equipe Brasileira na Europa

Atletas: Ana Sátila, Charles Corrêa, Felipe Borges, Guilherme Mapelli, Pedro Gonçalves, Leonardo Curcel, Renan Soares e Omira Estácia 

Equipe Técnica

Denis Terezani – Chefe de Equipe

Cassio Ramon Petry – Técnico

Diórgines Antunes – Fisioterapeuta

Fábio Canhete – Assessor de Imprensa

Ana Sátila durante a disputa no K1 Extremo no Mundial de Canoagem Slalom/ Foto: Fabio Canhete / Canoagem Brasileira

Fonte: CBCa