Na disputa com 17 atletas, todos homens, a campeã mundial e paralímpica Shirlene Coelho teve 20% dos votos e foi eleita para ser a porta-bandeira brasileira na Cerimônia de Abertura dos Jogos Paralímpicos Rio 2016, que ocorrerá nesta quarta-feira, 7, no Estádio do Maracanã (RJ). Esta é a primeira vez que uma mulher conduzirá a bandeira verde e amarela.

Representante da maior equipe da delegação brasileira nas Paralimpíadas – o atletismo, com 61 atletas- , Shirlene conseguiu se eleger com uma forte concorrência. Ela ficou à frente do judoca Antônio Tenório (dono de cinco medalhas em Jogos), que obteve 18% dos votos, e do velocista Yohansson Nascimento (ouro nos 200m em Londres 2012). 

“Fico muito feliz por ter sido escolhida a porta-bandeira do Brasil, e mais feliz ainda por saber que eu sou querida pelos meus companheiros. Tenho uma ótima convivência com todos e acredito que isso e os meus resultados foram determinantes para eu ser premiada”, disse Shirlene, que representará o Brasil nas provas de arremesso de peso e lançamento de disco e dardo, e completou: “A bandeira eu não vou lançar para longe, não. Ela vai ficar aqui, coladinha comigo”.

Recordista mundial e medalhista de prata (Pequim-2008) e de ouro (Londres-2012) no lançamento de dardo, a atleta foi escolhida por eleição aberta com a participação dos 286 atletas da delegação brasileira. Os candidatos foram indicados pelos chefes de missão e tinham como requisito a conquista de, pelo menos, um ouro paralímpico, e não podiam competir no dia seguinte da cerimônia.

O Brasil é uma potência paralímpica e busca o quinto lugar no quadro geral de medalhas dos Jogos Rio 2016. A equipe terá de superar a sétima posição dos Jogos de Londres, quando conquistou 21 ouros, 14 pratas e oito bronzes. A delegação brasileira será a maior da história, com 286 atletas (184 homens e 102 mulheres) em 22 modalidades.

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Pela primeira vez na historia paralímpica, o Brasil terá uma porta-bandeira/ Foto: Patrícia Santos/CPB

Fonte: CPB

Foto capa: Marco Antonio Teixeira/MPIX/CPB