Catarinense ficou muito perto de uma medalha, mas terminou em quarto lugar no arremesso do peso, a 7 cm do pódio em Birmingham.

O catarinense Darlan Romani ficou muito perto de uma medalha na etapa da manhã deste sábado (dia 3) do Campeonato Mundial de Atletismo Indoor, na Barclaycard Arena, em Birmingham, na Grã-Bretanha. Ele terminou em quarto lugar no arremesso do peso, com 21,37 m (recorde brasileiro e sul-americano em pista coberta).

Darlan já havia batido o recorde continental na primeira tentativa, quando fez 21,23 m. Na sequência, arremessou a 21,09 m, 20,97 m, 21,04 e, finalmente, 21,37 m (queimou a segunda).

O recorde brasileiro indoor anterior era do próprio Darlan, com 18,50 m, obtido no Mundial de Portland, nos Estados Unidos, em 2016. Já o sul-americano pertencia ao argentino Germán Lauro, com 21,04 m, desde 2014, feito Praga, na República Tcheca.

“A medalha escapou, por um fio. Vou continuar treinando forte porque sempre quero mais. Não me contento com pouco”, disse Darlan, que nos Jogos Olímpicos do Rio 2016, ficou na quinta colocação.

O neozelandês Tomas Walsh confirmou seu favoritismo ao vencer com 22,31 m (recorde do Campeonato). O alemão David Storl ficou com a medalha de prata, com 21,44 m, mesma marca do tcheco Tomas Stanek, que ficou com o bronze pelos critérios de desempate.

No salto triplo feminino, a mineira Nubia Aparecida Soares terminou em nono lugar, com 14,00 m, seu melhor resultado em 2018. Ela queimou a primeira tentativa, saltou 13,97 m na segunda e 14,00 m na terceira, não passando para a luta por medalhas da prova, disputada pelas oito melhores das 17 participantes.

Núbia deixou a área de competição emocionada. “Tentei fazer o melhor e queria homenagear o meu treinador e não consegui”, disse, chorando, referindo-se ao técnico Aristides Junqueira, o Tide, que morreu no dia 3 de fevereiro. “Fiquei duas semanas sem treinar. Só viajei para o Mundial porque passei a treinar com o Paulo, filho do Tide”, lembrou.

O pódio foi formado pela venezuelana Yulimar Rojas, com 14,63 m (melhor marca do ano), pela jamaicana Kimberly Williams, com 14,48 m, e pela espanhola Ana Peleteiro, com 14,40 m (as duas com recordes pessoais).

Nubia / Foto: Wagner Carmo/CBAt

Fonte: CBAt