O ginasta revelou dificuldade em assumir sexualidade por conta do esporte.

O ginasta Diego Hypolito, 32, falou abertamente pela primeira vez sobre sua orientação sexual. Desde os 19 anos de idade o brasileiro já sentia algo diferente e em um treinamento se abriu a colega de seleção “Michel Conceição”.

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Em 2014 o maior problema acabaria através do incentivo do namorado da época, Diego tomou coragem e enquanto se preparava para disputar o Mundial da China, mandou uma mensagem para a mãe onde revelava “Quando tomei coragem para contar para a minha mãe. Não tinha coragem de falar por telefone, então de novo, escrevi uma mensagem. Disse que a amava muito, que esperava que isso não fosse mudar a nossa relação, porque eu continuaria a amando da mesma. Eu sou gay. E não um demônio”, disse Diego Hypólito em entrevista ao UOL.

No começo a mãe não conseguiu aceitar muito bem, o pai aceitou um pouco mais e a irmã Daniele Hypólito, chegou a dizer que mesmo sem o irmão contar, ela já sabia. O problema maior já teria passado, que era assumir para a família, mas e para os torcedores, para os fas, os brasileiros, eles teriam que esperar mais um pouco.

Diego acreditava que ao assumir abertamente, poderia ter um problema maior, dentre eles perder patrocinadores e sua carreira poderia ser prejudicada e pelo sonho de chegar a um pódio olímpico, o atleta decidiu adiar. O brasileiro revelou que o que te fazia feliz e te motivava, era a ginástica e por ela e pelo sonho olímpico, ele fazia o que fosse preciso.

“A minha felicidade era a ginástica, então se eu não pudesse ser completo na minha vida pessoal, nem tinha tanto problema. Eu ia continuar a esconder a minha sexualidade para manter vivas as minhas aspirações no esporte. E deu certo, né? Uma medalha de prata em Olimpíada. Dois títulos e outras três medalhas em Mundiais. Mais 69 em Copas do Mundo”, disse ao UOL.

Hoje, com três medalhas em mundiais, depois de ter caído em duas Olímpiadas e ter conquistado uma medalha inédita de prata nos Jogos Rio 2016 e tornado um atleta superação, Diego assumiu abertamente em entrevista para a UOL.

“Sei que pode ter gente que vai deixar de gostar de mim depois de conhecer a minha história, sei que no culto posso viver situações de preconceito, sei que vir a público e falar tudo isso pode irritar algumas pessoas. Ninguém é obrigado a entender nada, mas é obrigado a respeitar. Nunca mais vou deixar de viver o que eu sou. Eu sou gay”, disse Hypolito.

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