O brasileiro foi o principal nome do Mundial de Atletismo ao conquistar duas medalhas de ouro e bater dois recordes mundiais.

O paraibano Petrúcio Ferreira foi escolhido o atleta do mês de julho do Comitê Paralímpico Internacional (IPC, em inglês). O resultado foi anunciado nesta quarta-feira, 9. O atleta de 20 anos foi o preferido de 40% do público, que pôde votar por meio do site do IPC. Ele superou nomes de destaque tanto do Mundial de Atletismo Paralímpico de Londres quanto do torneio de tênis em cadeira de rodas de Wimbledon, também disputado na capital britânica.

Petrúcio foi o principal nome do Mundial de Atletismo ao conquistar duas medalhas de ouro e bater dois recordes mundiais. Em sua primeira prova, venceu os 100m T47 (amputados de braço) com o tempo de 10s53 – quatro centésimos mais rápido do que sua antiga marca. Em seguida, retornou ao Estádio Olímpico e destruiu o tempo dos 200m ao vencer em 21s21. O antigo recorde mundial da distância era de 21s49 e pertencia a ele próprio.



“Fiquei muito feliz ao acordar e ter essa notícia. É muito bom sentir que caí nas graças das pessoas, vencendo uma eleição no voto popular. Só tenho a agradecer, principalmente àqueles que tiraram um pouco do seu tempo para votar. É incrível levar o nome do Brasil ao topo em mais uma disputa e saber que estou representando bem a nossa nação”, disse Petrúcio, que sofreu um acidente com uma máquina de moer capim aos dois anos de idade e perdeu parte do braço esquerdo.

O brasileiro teve 3% a mais dos votos do que o segundo colocado, o tenista sueco Stefan Olsson. O dinamarquês Daniel Wagner foi o terceiro mais votado, com 19%. A tenista holandesa Diede de Groot e a corredora em cadeira de rodas Tatyana McFadden também haviam sido indicadas para a premiação.

Além dos dois títulos conquistados no Mundial de Atletismo, Petrúcio Ferreira é também o atual campeão paralímpico dos 100m T47, além de ter sido medalhista de prata nos 400m, nos Jogos do Rio 2016.

Petrúcio Ferreira é o atleta do mês de julho/ Foto: Marcio Rodrigues/MPIX/CPB

Fonte: CPB