Mundial por equipes mistas é a nova prova olímpica de Tóquio 2020.

Após conquistar quatro medalhas nas disputas individuais, o Brasil garantiu seu quinto pódio neste domingo, 03, ao chegar à final do inédito Mundial Por Equipes Mistas de Judô, prova que estreará em Olimpíadas nos Jogos de Tóquio 2020. Na decisão contra a forte seleção do Japão, o Brasil ficou com a medalha de prata e encerrou sua melhor participação em mundiais fora de casa, com um ouro, duas pratas e dois bronzes ao todo.  


Onze atletas foram inscritos para a única prova coletiva do Mundial: Érika Miranda (57kg), Rafaela Silva (57kg), Maria Portela (70kg), Maria Suelen Altheman (+70kg), Beatriz Souza (+70kg), Marcelo Contini (73kg), Eduardo Katsuhiro (73kg), Victor Penalber (90kg), Eduardo Bettoni (90kg), Rafael Silva (+90kg) e David Moura (+90kg). 

Nas preliminares, os seis judocas escalados para os duelos iniciais venceram 14, das 18 lutas disputadas. A equipe superou Polônia e Canadá por cinco a um para avançar à semifinal. Na sequência, o Brasil bateu a Rússia por 4 a 2 e classificou-se para a primeira decisão do Mundial por Equipes da história. 

Na decisão, o Japão trouxe seus principais atletas, quatro deles medalhistas de ouro ou prata neste Mundial no individual, e não deu chances à equipe brasileira, vencendo todos as seis lutas. 

“Tem algo especial na competição por equipes mistas e gostei muito da energia, então é um pouco diferente, mas é muito bom. O resultado de seis não demonstra a realidade do que foi o confronto, pois foram lutas muito divididas, algumas decididas por detalhes no golden score. É um ótimo resultado para começarmos a nos preparar para os Jogos de Tóquio”, avaliou Victor Penalber após a final. 

Para Maria Portela, a introdução da competição por equipes mistas foi bom para o Brasil, pelo país ter atletas fortes tanto no masculino, quanto no feminino em diversas categorias.

“Estou bem satisfeita com nossos resultados, apesar de não conseguirmos marcar nenhum ponto na final. Estou muito feliz com a medalha de prata. A competição por equipes mistas deu certo para os atletas do Brasil, pois nossa seleção é formada por judocas talentosos tanto no masculino, quanto no feminino. Entrar no tatame e lutar não só por você, mas por todos que estão com você na equipe. Nós somos muito bons nisso”, concluiu.  

Entenda como funciona a competição por equipes mistas

Neste tipo de prova, cada confronto entre países tem seis lutas. Vence o duelo o país que tiver o maior número de vitórias individuais. O primeiro critério de desempate é o número de vitórias por ippon e o segundo é o número de vitórias por waza-ari. Se ainda assim o empate permanecer, será sorteada uma categoria de peso para fazer a luta final de desempate no formate de golden score, ou seja, o atleta que obtiver a primeira vantagem, mesmo que seja apenas uma punição, vence. 

É a primeira vez que Federação Internacional de Judô está testando esse modelo de disputa com equipes formadas por homens e mulheres. O evento já está confirmado no programa oficial dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, também de forma inédita.

Antes, as provas por equipes era separadas por gênero e não eram disputadas nas Olimpíadas. Nesse formato, o Brasil tem quatro pratas e dois bronzes, no masculino, além de um bronze e uma prata, no feminino. 

Brasil conquista a prata no primeiro Mundial por equipes mistas/ Foto: Paulo Pinto/CBJ

Fonte: CBJ