Aos 17 anos, Bruna Genoin se tornou a primeira pilota brasileira de drift. A atleta começou competindo no kart aos 14 anos e aos 17 anos ao assistir o filme “Velozes e Furiosos- Desafio em Tóquio”, se interessou pelo Drift (é um estilo de condução de carros, especialmente preparados para o efeito, que consiste em utilizar várias técnicas de derrapagem nas curvas, fazendo com que o carro deslize de lado, preferencialmente em alta velocidade). Hoje, aos 18 anos, Bruna tornou revelação do Drift brasileiro e não quer parar por aqui, a brasileira quer chegar ainda mais longe.

Foto: Arquivo Pessoal

-Como você conheceu o drift?

Conheci o drift através do filme Velozes e Furiosos – Desafio em Tóquio.

-Você praticava o kart, como foi sua adaptação no drift, ao trocar de modalidade?

Foi muito mais rápido que o esperado, o kart é tração traseira e o Nissan também (é necessário tração traseira para praticar o drift) e as reações do kart na chuva, é muito parecido com o drift, então tive uma adaptação rápida.

-Já participou de qual competição? Subiu em alguma no pódio?

Comecei no drift em julho de 2016 e já participei de duas competições, o Drift Interlagos e Super Drift Brasil. Ainda não subi no pódio com  colocação, mas fui eleita piloto revelação.

Bruna Genoin é a revelação do Drift brasileiro/Foto: Arquivo Pessoal

-Quais são as competições que acontecem no Brasil?

Federadas pela CBA (Confederação Brasileira de Automobilismo) tem apenas o Super Drift Brasil.

-De que forma são realizados os seus treinamentos e onde acontecem?

Faço treinamento de kart para ganhar resistência física, e, no drift fico aperfeiçoando o drift em sí, e eles acontecem na Speedway em Balneário Camboriú/SC.

-Sofre algum tipo de preconceito por ser uma mulher que pratica o drift?

No drift não, pelo contrário, tenho muito apoio, tanto do público que gosta e aprecia o esporte, quanto dos pilotos. Mas no kart eu sofria muito com isso, os meninos batiam em mim de propósito, me tiravam da pista, só pelo fato de eu ser menina.

-No drift o que mais te chama atenção e que te fez tornar hoje uma atleta desta modalidade?

Eu acho o esporte muito lindo, ele não é um esporte de velocidade em si, é derrapagem, fumaça e habilidade. Nunca tinha visto uma mulher que praticasse esse esporte, pensei, por que não tentar e provar que mulher também pode praticar esse esporte no Brasil?!

A brasileira vem buscando seu espaço na modalidade

-Você ainda é nova e tem muita coisa pela frente, profissionalmente quais são os seus sonhos?

Chegar no ápice do automobilismo Brasileiro, ganhar corridas e disputar de igual para igual com qualquer piloto. Quero poder viver disso!

-Aos 17 anos, você iniciou na modalidade e tornou a primeira mulher no dritf brasileiro, isso pesa de alguma forma?

Não, só me da mais vontade de puxar mais mulheres para o esporte.

-Depois que você começou a treinar e disputar competições de drift, alguma outra mulher já demonstrou interesses em iniciar no drift também?

Já, várias. Muitas meninas/mulheres que me viram em alguma competição, me procuram no facebook/instagram para perguntar como e aonde elas podem conseguir aprender. E com isso me sinto muito feliz em saber que meu trabalho está tendo retorno e o objetivo está sendo alcançado. Quero mais mulheres no esporte!

Foto: Arquivo Pessoal

-O que sua família significa nesse seu inicio de carreira?

Eles significam tudo, principalmente meu pai, eu não seria nada disso se não fosse por ele. Ele é campeão Brasileiro de rally, então, desde muito pequena eu sempre acompanho ele nas corridas, o amor pela velocidade está no sangue. E a família sempre está nas competições me dando apoio.

-O fato de ter iniciado aos 17 anos e não ter carteira já chegou a te atrapalhar em algum quesito?

Já, em 2016 era para eu estar na mesma modalidade que meu pai, mas no rally tem muito deslocamento de uma pista para outra, aí necessita da carteira de motorista e não me liberaram para participar da temporada. Mas no kart e no drift não, nunca atrapalhou em nada.

-Já sabe como será sua temporada de 2017?

Pretendo continuar no drift e aprender coisas novas. Nada definido, ainda.

-Deixe um recado para aqueles que querem competir no drift?

Se você tem muita vontade e gosta, corra atrás, você não precisa do carro mais caro ou melhor para fazer Drift, apenas que tenha tração traseira, ou apenas procure escolas de Drift e tenha uma experiência, certeza que quando andar pela primeira vez, não vai querer mais largar.

Acompanhem Bruna pela sua fanpage oficial  

Bruna Genoin, a atleta quer chegar ainda mais longe/Foto: Arquivo Pessoal